Resultado da pesquisa (1)

Termo utilizado na pesquisa Crotalaria mucronata (syn. Crotalaria striata)

#1 - Experimental poisoning of cattle by Crotalaria mucronata (Leg. Papilionoideae)

Abstract in English:

The aerial parts of Crotalaria mucronata Desv. (syn. Crotalaria striata DC.), one the three most common species of Crotalaria in Brazil, were orally administered to 21 young bovines. The fresh, recently collected leaves caused an acute poisoning and death when given in single doses of 60 or 80 g/kg of bodyweight, although one animal died after receiving only 25 g/kg. The administration of 20 g/kg of fresh recently collected leaves as a single dose did not cause any symptoms in two of three animals. In six other bovines which ingested the plant in doses from 25 to 40 g/kg, brief, slight to moderate symptoms were observed. Small amounts, 2.5, 5 and 10 g/kg, of the fresh recently collected leaves, given daily for 120, 60 and 30 days, respectively, and amounting to 300 g/kg, did not cause any symptoms of poisoning. Similarly, no clinical signs were observed when the fresh flowers and green· fruits of C. mucronata were given in single doses of 60 g/kg. The leaves lost most of their toxicity when dried. The first symptoms of poisoning, in the animals that died, were observed between approximately 13 and 24 hours, and in the animals that survived, between approximately 6 and 24 hours, after the beginning of the administration of the plant. In the animals which died, symptoms lasted from 4 to 44 hours, with death occurring between 16 and 68 hours after feeding had begun. Surviving animals showed symptoms for 23 to 72 hours, recovering between 29 and 94 hours after feeding had begun. In the animals which died, muscular tremors were the most conspicuous symptom. In the animals which survived, anorexia, dry muzzle and abnormal feces were observed. At necropsy a characteristic odor of the macerated plant was noticed·in the two calves that ingested 60 or 80 g/kg, however no gross lesions were observed. Severe hidrothorax and pulmonary edema were found in the calf that ingested 25 g/kg of the plant. Histopathological examination did not reveal consistent changes. Since Crotalaria mucronata has a low grade toxicity, and there is no field information that indicates the occurrence of natural poisoning in clatte, the plant is not likely to be the cause of poisoning in the field.

Abstract in Portuguese:

As partes aéreas de Crotalaria mucronata Desv. (syn. Crotalaria striata DC.), com nomes populares de ''chique- chique" ou "guizo de cascavel", uma das três espécies de Crotalaria mais comuns no Brasil, foram administradas por via oral a 21 bovinos. As folhas frescas recém-colhidas causaram um quadro agudo de intoxicação e morte quando administradas em doses únicas de 60 ou 80 g da planta por kg de peso corporal; excepcionalmente tiveram efeito letal na dose de 25 g/kg em um bovino. Dose única de 20 g/kg das folhas frescas recém-colhidas não causou sintomas de intoxicação em 2 de 3 animais. Em 6 outros bovinos, que as ingeriram em doses únicas de 25 a 40 g/kg, sintomas leves a moderados, passageiros, foram observados. Quando administradas repetidamente em quantidades pequenas (doses diárias de 2,5, 5 ou 10 g/kg durante 120, 60 e 30 dias, sempre até completar 300 g/kg), as folhas frescas recém-colhidas não causaram sintomas de intoxicação. Também as inflorescências e as vagens verdes recém-colhidas, administradas de uma única vez na dose de 60 g/kg, não provocaram sintomas de intoxicação. Pela dessecagem, as folhas perderam a maior parte de sua toxicidade. Os primeiros sintomas de intoxicação foram observados, nos animais que morreram, após aproximadamente 13 a 24 horas, e nos que sobreviveram, após aproximadamente 6 a 24 horas contadas do início da administração da planta. A evolução da intoxicação nos casos fatais foi de 4 a 44 horas, a morte sobrevindo entre 16 e 68 horas após o início da administração da planta. Nos bovinos que sobreviveram, a evolução da intoxicação foi de aproximadamente 23 a 72 horas, estando recuperados entre 29 e 94 horas após o início da administração da planta. Os sintomas mais evidentes nos animais que morreram, foram tremores musculares; nos que sobreviveram foram observados anorexia, focinho seco, e fezes levemente alteradas. Os achados de necropsia nos dois bovinos que ingeriram 60 e 80 g/kg, foram negativos, salvo o cheiro forte da planta macerada que o cadáver exalava, e no que ingeriu 25 g/kg, hidrotórax e edema pulmonar acentuados. Os exames histopatológicos não revelaram alterações consistentes. Concluiu-se ser pouco provável ocorrerem casos de intoxicação natural por Crotalaria mucronata em bovinos no Brasil devido a ser relativamente baixa sua toxicidade, a não se ter verificado a ingestão espontânea da planta por bovinos e a não se ter obtido dados que permitissem suspeitar desta planta como causa de intoxicação.


Colégio Brasileiro de Patologia Animal SciELO Brasil CAPES CNPQ UNB UFRRJ CFMV